domingo, 16 de março de 2008

A visita de Mariani

O meu homem anda deprimido. Não pode dizer mal do Presidente da República Portuguesa.
Do PR e dos . . . "Como é que é mesmo, amor?" . . .
Sendo ele pai, tem que pensar nessas coisa mesquinhas como segurança familiar . . . além disso o blog dele é quase de âmbito profissional, se não tem tento na língua ainda lhe cortam a dita.
Sosseguei-o então, "meu amor eu digo mal por ti".
Afinal o meu blog é familiar e eu tenho uma longa experiência de dizer mal do mundo, já desde os tempos da soja guisada da minha querida mãezinha.
Numa qualquer sessão de hipnotismo tenho a certeza que traumas mais antigos encontraria, mas é melhor deixar por aqui mesmo.

Até é melhor que seja eu a dize-lo porque apesar de muita gente sensível achar que sou um pouco brutinha, nas situações mais delicadas consigo ser muito diplomática . . . "não, não é para ficar calada" . . . consigo encontrar maneira de dizer as coisas sem ofender susceptibilidades. Ainda para mais que fui eu a culpada disto tudo, com as censuras do tipo "meu amor se não tens provas, não podes afirmar que a tasca do PR se chama Mariani" . . . "não é tasca? Olha que com esse nome devia ser". . . só porque juntaram o nome Maria a Aníbal, são este tipo de afirmações que engordam os advogados e atulham os tribunais".
Agora é isto, ele a rezingar a quantidade de coisas que deixou por escrever em nome da segurança familiar.

E portanto, aqui vai água:
O Senhor Presidente da República Portuguesa está em Moçambique em visita oficial e aproveita para tirar uma semana de férias no Bazaruto . . . "amor, isto não me parece estar a sair lá muito bem." . . . acho que a questão tem também a ver com a tasca dele . . . "'tá bem, a vivenda" . . . lá para os lados de Boliqueime, a Mariani.
Por falar nisso, já foram à tasca da Chuinga . . ."o quê? Ah! sim."
Bom, dizia eu que a mediocridade tipo funcionário público (já agora aproveita-se o bilhete de avião para tirar uma semaninha de férias), da parte de alguém que não é de todo um simples funcionário público (ainda por cima vai para Bazaruto . . . se fosse para as Quirimbas) e a imagem que isso dá a estes governantes que conhecem o luxo "à séria" (ainda lhe dão um tupperware para fazer um take-away da recepção oficial) . . . "mas, meu amor, nós fomos para o Bazaruto". . . pois, nós somos simples funcionários públicos, mais eu que ele . . . equilibro a média . . .
Mas isto não está a correr mesmo nada bem . . . eu disperso-me . . . "Como é que é mesmo amor?" . . .

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